Histórias e campanhas criativas sobre o Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher é conhecido por ser uma data comemorativa e comercial em homenagem às mulheres, mas na verdade vai muito além disso: é um dia que possui raízes sociais e históricas importantíssimas de uma luta protagonizada por mulheres ao longo da história.
As origens: como surgiu o dia internacional da mulher
Esta data nos remonta às sociedades europeias e norte-americana fortemente influenciadas pelo movimento operário no século XIX. Jornadas de trabalho de 16 horas diárias para ganhar um terço do salário que os homens ganhavam, condições insalubres para viver e o preconceito de gênero eram algumas das características que faziam parte do contexto da vida das mulheres.
Este contexto foi determinante para as movimentações com o objetivo de participação política e também a luta pelo direito ao voto. De acordo com registros históricos, o primeiro Dia da Mulher foi celebrado nos Estados Unidos em maio de 1908, onde mais de 1.500 mulheres se uniram em prol da igualdade política e econômica no país.
Em pouco tempo, a ideia se alastrou: no Congresso Internacional das Mulheres Trabalhadoras na Dinamarca, em 1910, a importante figura alemã de Clara Zetkin propôs um dia permanente no calendário para que as mulheres pudessem ter suas demandas escutadas. O primeiro dia internacional foi celebrado no ano seguinte, em 1911.
Nos dias atuais
A data foi apenas formalizada pela ONU em 1975 e a cada ano é celebrada de acordo com um tema escolhido para destacar e chamar atenção para uma questão emergente. Esse 2022 o tema da campanha é #Breakthebias - em uma tradução livre significa quebrar as tendências, polarização, os esteriótipos e discriminação.
Comemorado anualmente, honrar essa memória implica em dar continuidade às lutas que foram iniciadas há muito tempo atrás.
O contexto brasileiro
No Brasil, o cenário é bastante desafiador. Vamos aos dados: Em 2021, o Brasil caiu uma posição, para 93º entre 156 países, e aparece como o segundo pior na desigualdade entre mulheres e homens na América Latina.
De acordo com o Fórum Econômico Mundial que listou um índice global de desigualdade de gênero, 04 áreas foram analisadas: empoderamento político, participação econômica e oportunidades; saúde e sobrevivência; escolaridade. Os resultados mostram que a pandemia aprofundou ainda mais as disparidades de gênero.
Apesar dos avanços legislativos constitucionais e internacionais que consagram os direitos das mulheres no Brasil são inegáveis, temos a garantia formal dos direitos, mas os ganhos legais não implicaram implicam em uma mudança cultural e social efetivas.
Ainda existem muitos avanços a serem feitos. O dia 08 de março segue sendo um lembrete que a luta ainda não acabou, mas não deixa de ser um momento de celebração a tudo que foi conquistado.
Campanhas Inspiradoras
Fortaleza Esporte Clube

Em 2021,
o Fortaleza Esporte Clube promoveu uma ação de destaque nas redes sociais para se posicionar e alertar sobre a violência contra a mulher.
Durante uma hora, o clube postou 30 lances de falta enquanto mencionava às vítimas que eram agredidas a cada dois minutos.
Outra sacada na ação foi o Fortaleza silenciar os comentários das postagens. A intenção é mostrar que muitas mulheres se calam por medo e não realizam a denúncia contra o agressor.
99

O
aplicativo 99 entrou no movimento contra o assédio nas ruas, e lançou a campanha “Vamos juntas de 99?” A campanha ressalta a importância das mulheres formarem uma rede de proteção em si.
O 99 também oferece o recurso de optar por ter uma corrida pilotada por uma motorista mulher no aplicativo antes de confirmar a corrida.
Indo além, o aplicativo criou o movimento Mais Mulheres na Direção que conta com diversas campanhas e iniciativas feitas para ajudar as mulheres chegarem onde elas quiserem.
Hering - #BlusaSemAlça

Em 2020, a marca de roupa Hering lançou uma
campanha pela substituição do termo da peça de roupa “tomara que caia” por “blusa sem alça” em todos os seus meios de comunicação.
A marca também fez o lançamento da #BlusaSemAlça, uma coleção que inclui peças que vão além de blusas, incluindo também macacões e vestidos.
Nas plataformas digitais, a marca programou um conteúdo especial, com foco no empoderamento e também incentivando o público a romper com expressões sexistas do dia a dia, não só no mundo da moda.
Skol – Redondo é sair do seu passado

Em 2017, no Dia Internacional da Mulher, a Skol lançou uma campanha inesquecível: convidou ilustradoras e artistas para recriar antigos posters da marca repaginados com um olhar mais coerente com os discursos e realidade em que estamos vivendo.
A partir dessa ação, a cervejaria assumiu que no passado seus discursos e suas abordagens na comunicação já haviam transmitidos mensagens machistas e que essa abordagem jamais voltariam a lhe caber.
Buscofem – Todas as suas dores importam

Em 2021, a
Buscofem, marca conhecida por ser analgésico aliado das mulheres, apresentou seu novo filme “Todas as suas dores importam”, desenvolvido pela Y&R e produzido pela Café Royal.
No filme vemos mulheres de todas idades e vidas que apresentam dores genuinamente femininas, tanto físicas quanto as emocionais, como a dor de não ser ouvida em uma reunião de trabalho, o estresse de um dia cheio, aquela que surge nos momentos angustiantes ou ainda as relacionadas às questões da maternidade. Buscofem se posicionou firmemente ao dizer que todas as dores são legítimas e merecem ser tratadas com respeito e atenção.
Além do filme, a campanha contou com presença ampla na mídia, nos pontos de venda, site e conteúdos nas redes sociais que abordarão temas como assédio, síndrome da impostora, sobrecarga de trabalho, além das dores de cabeça, musculares e cólicas menstruais, entre outros. Uma verdadeira rede de apoio.
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